segunda-feira, 31 de maio de 2004

wainting on an angel


mr ben


ao vivo e a cores em pleno parque da bela vista!

sexta-feira, 28 de maio de 2004


"na grande claridade do dia
o sossego dos ruídos também é de ouro
há suavidade no que sucede"

[Fernando Pessoa]

o melhor de 4m

...vieste tu feiticeira
empurrão controlado, escorrega do colo, rebola, rebola esticada pelo chão rebola e levanta até ficar de joelho esquerdo no chão, o direito no ar, mais à frente, o braço esticado e a apontar a diagonal
inundar-me de vi….iiiiiida
salto para as costas, braços abertos, firmes e a olhar o chão, ombros colocados, corpo hirto, pernas juntas e livres do corpo, cabeça caída para trás, olhos fechados para aproveitar melhor as quatro voltas de voo pelos céus de um qualquer pavilhão gimnodesportivo. manter os braços em voo e o corpo esticado, encaixe pernas com pernas, relaxar para traz no regresso à terra.
(o melhor de 4minutos de esquema)

terça-feira, 25 de maio de 2004

E viveram felizes para sempre

Detesto filmes românticos. Sempre detestei.
Provavelmente porque me irritam histórias de amor convencionais de final feliz (isso deve explicar o porquê da sua inexistência na minha vida).
Seguramente porque sou a pessoa menos romântica à face da terra (leia-se romantismo igual a pieguice aguda e cor de rosa) Digo sempre que sou é gótica, que é um período bem mais interessante e com menos melodramas exacerbados.
E no entanto, houve qualquer coisa no último filme de Michel Gondry* (que é, para todos os efeitos, uma história-de-amor-de-final-feliz) que me ficou cá dentro a sussurrar. Qualquer inesperado surreal que me fez pensar que o amor está para além da razão, que o coração arranja estratagemas para se impor à mente. Qualquer coisa pouco nítida que me fez sentir que, se há inteligência à face da terra, é a emociona.
E saí da sala de cinema em estado de divagação sorridente!

É que também eu tive, em tempos, o cabelo azul e uma irreverência adolescente.

* O despertar da mente (para ir ver rapidamente)

sexta-feira, 14 de maio de 2004

há planetas especiais no nosso céu!

Quando me deram a notícia da morte do meu avô, eu estava a dar aulas, tranquila, na sala lá do fundo, ao lado da árvore velha. E sentí-me triste e pequenina. E os meus alunos olhavam-me espantados e silenciosos.

_ ana, porque é que há bocado estavas a chorar?
_ é que hoje me vieram dar uma notícia triste.
_ áahhh. (silêncio) Morreu alguém?
_ foi Marta, morreu o meu avô.
(silêncio de novo mas desta vez pensativo)
_ e onde é que ele está agora?
_ não sei Marta. Onde é que tu achas que ele está?
E como que intuíndo que nestas alturas os gestos dizem mais que muitas palavras, a Marta apontou o indicador pequenino para cima, em direcção ao céu.
E eu sorri.
_ se calhar o meu avô agora é uma estrela_ disse-lhe.
(mais silêncio muito pensativo)
_ ... ou um planeta. se calhar o teu avô agora é um planeta!

Esta é a melhor explicação que alguma vez me deram sobre o assunto. E foi-me dada pela Marta, uma menina serena de sete anos.
É que os planetas são qualquer coisa mais estavel, de que não esquecemos nem nome nem as características.

Um beijinho grande de força ao Pedro e à Rita.

quinta-feira, 13 de maio de 2004

o meu herói Fernando Pessoa

Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

[Ricardo Reis]

quarta-feira, 12 de maio de 2004

construír a utopia

" ...por nós e por quem há-de vir
o importante é construír a utopia!
É ter princípios e não os negociar mas lutar por eles."
[Renato Bispo; Associação Projectar para Todos
in| Comunicar: design04]

Ás vezes sabe bem ouvir dizer tanto em tão poucas palavras.

terça-feira, 11 de maio de 2004

o desespero

de um curso interminavel para acabar
pelos dias não terem mais de 24 horas
pelo cansaço matar a inspiração (mesmo de quem não acredita em tal coisa)
pelo tempo não chegar para aquilo que faz sentido fazer

ps | bolas, há alturas na vida que só apetece mandar tudo e todos à merda e emigrar para ao pé dos pinguins!

sexta-feira, 7 de maio de 2004

a menina do trapezio voador.


voar alto, mais perto do céu
desafiar as leis da gravidade, sem rede, sem segurança, sem estabilidade


gerhard richter | uma colecção privada

Museu do Chiado

Visitas guiadas (Marcação prévia, acesso gratuito)
Pedro Lapa: 11 Maio. Terça-feira. 18.30 h
María Jesús Ávila: 1 Junho. Terça-feira. 18.30 h
Emília Tavares: 15 Junho. Terça-feira. 18.30 h


Conferências (Acesso livre e gratuito)
Pedro Lapa: 18 Maio. Terça-feira. 18.30 h
Nuno Crespo: 1 Junho. Terça-feira. 18.30 h

terça-feira, 4 de maio de 2004

é que hoje acordei e lembrei-me...

Não falei contigo com medo que os montes e vales que me achas
caissem a teus pés
acredito e entendo que a estabilidade lógica de quem não quer explodir
faça bem ao escudo que és
saudade é o ar que vou sugando e aceitando
como fruto de Verão nos jardins do teu beijo...
Mas sinto que sabes que sentes também que um dia maior serás trapézio sem rede
a pairar sobre o mundo e tudo o que vejo...
É que hoje acordei e lembrei-me...
[a carta, toranja]

é mais bonito ouvido que lido!

segunda-feira, 3 de maio de 2004

Lisboa.Milão.Lisboa.Barcelona.Lisboa

Já tenho saudades tuas!
Deve ser de agora saber
que se te quiser encontrar
estás fisicamente mais longe.
Deve ser de não te poder ter
Aqui bem perto pra falar
Gritar e sussurrar
Os dramas da vida e os pesos da alma

E admiro essa tua coragem de quem vive no mundo
Sem prescindir de quem fica em Lisboa
E admiro essa garra com que agarras novos desafios

Guarda-me um pedaço de espaço catalão
e podes ficar à espera
Que eu vou aparecer!

(Um grande beijinho, Cláudia)

domingo, 2 de maio de 2004

ousar ser diferente

é saber ser fiel ao interior e aprender a lidar com as reacções dos outro. sem medos.
é aceitar-me independentemente do que os outros aceitam em mim (ou neles).
é ser mais livre (e mais solitário)

dia do trabalhador?