terça-feira, 28 de dezembro de 2010

um espaço sagrado por cidade

Em Barcelona a Sagrada Familia é de todos, St Maria del Mar dos amantes da cidade e do gótico e a minha igreja é um pequeno bloco românico e silencioso no meio do Raval. Sem turistas nem curiosos. Pessoas do bairro e esculturas toscas: a mais bonita da cidade!
Descobri a minha igreja em Amesterdão, na última visita, em Agosto. São Francisco Xavier. Agora está toda vestida de Natal com árvores iluminadas e flores verdes com bolas vermelhas. à beira de um dos meus canais favoritos. É mágica!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

dos homens e dos deuses

Sozinha na sala do cinema em vésperas de natal. Um filme fascinante pela beleza das relações humanas (e divinas).



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

corpo, qualquer coisa e processos criativos

Parti do que tinha dito ao mundo, religiosamente, todas as quintas no inicio da aula. Fiz memória do que estava escrito nos papelinhos semanais e concluí que podia resumir as minhas inquietações numa palavra

geografias

É um plural, logo é uma mais-que-uma-coisa palavra.

Geografia exterior | geografia interior
A forma como os espaços e lugares que frequento, onde me movo (locais, cheiros, barulhos) influenciam o meu ser (o que sinto, como me sinto, as memórias que trazem a mim ou me fazem construir). Chego sempre à conclusão que o espaço, os lugares influem imenso em mim. E descubro que aproprio determinados espaços externos, tornando-os quase extensões da minha personalidade. Crio caminhos, rotinas geográficas.

Reduzi os espaços a quatro (locais ou caminhos) e identifiquei as sensações, sentimentos que provocam em mim.
Passei este processo mental (e rabiscado no meu caderno) para o corpo em passos, direcções, tensões musculares. Construí uma frase de movimento que, depois de repetida já pouco tinha que ver com os lugares que inicialmente evocava.
E assim nasce qualquer coisa performativa e possivelmente interessante.
De algo tão pessoal que é intimo sem que a exposição esteja presente no resultado final. Porque desarrumamos as gavetas interiores para sintetisar o que lá vai dentro em algo palpável aos olhos dos outros.
De algo tão inesperado que o resultado nunca seria previsível no inicio do processo.
Deve ser por isso que lhe chamamos "processos criativos".
E trabalhar com o corpo é fascinante!

sintonias

Ontem caí do trapézio. Falta de sintonia entre o corpo e a cabeça.
Hoje cheguei a casa e a luz lá fora era dourada, reflectida nos prédios da frente.
Gosto dos dias gelados e luminosos. Hoje não vou cair.

domingo, 5 de dezembro de 2010

fair game

O filme torna-se bastante intenso pela vontade que dá de espancar os senhores da casinha branca. Como fazer valer a verdade quando o adversário manda no mundo e mente com todos os dentes que tem?
Quantos vidas serão arruinadas nos EUA em prole do que há que manter? E no mundo?

E porque será que tudo o que mete injustiça ou falta de verdade me deixa a fervilhar por dentro?

Saio do cinema a concordar com um dos personagens: há que manter a democracia diáriamente, lutando pelas verdades; fazendo perguntas; sendo críticos. Na grande América e no nosso pequenino Portugal.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

the kids are all right

Ia com tantas expectativas que me decepcionou ligeiramente. É um filme interessante, com duas grandes senhoras a representar uma saudável família pouco convencional.