terça-feira, 25 de maio de 2004

E viveram felizes para sempre

Detesto filmes românticos. Sempre detestei.
Provavelmente porque me irritam histórias de amor convencionais de final feliz (isso deve explicar o porquê da sua inexistência na minha vida).
Seguramente porque sou a pessoa menos romântica à face da terra (leia-se romantismo igual a pieguice aguda e cor de rosa) Digo sempre que sou é gótica, que é um período bem mais interessante e com menos melodramas exacerbados.
E no entanto, houve qualquer coisa no último filme de Michel Gondry* (que é, para todos os efeitos, uma história-de-amor-de-final-feliz) que me ficou cá dentro a sussurrar. Qualquer inesperado surreal que me fez pensar que o amor está para além da razão, que o coração arranja estratagemas para se impor à mente. Qualquer coisa pouco nítida que me fez sentir que, se há inteligência à face da terra, é a emociona.
E saí da sala de cinema em estado de divagação sorridente!

É que também eu tive, em tempos, o cabelo azul e uma irreverência adolescente.

* O despertar da mente (para ir ver rapidamente)

1 comentário:

MPR disse...

Estão perdidos numa gaveta poeirenta deste closet do ciberespaço, mas é tão bom revisitar-te 2 anos depois, quando ainda nem te conhecia... E contínuas a romântica mais anti-romantismo que conheço!!!