domingo, 27 de março de 2011

babel



O regresso à dança depois de vários meses de ausências com uma coreografia de Sidi Larbi Cherkaoui e Anthony Gormley onde destaco a relação do corpo com a palavra dita e do corpo com as estruturas metálicas (design de Antony Gormley).

domingo, 20 de março de 2011

somewhere

Algures, a perceber o amanhecer com um copo de tinto na mão.
Algures, descalça na pista de dança como nos tempos de S Pedro de Moel.
Algures, com uma peruca de Maria Antonieta e sapatos barrocos nos pés em pleno Bairro Alto.
Algures em equilibrio no cimo dos telhados de Venilalle.
Algures a olhar milhões de estrelas nos céus sem luz de Timor.
Algures,


Os filmes desta senhora deixam sempre lugares em mim. Imagens que aparecem em flash em ocasiões muito concretas. Um chá bebido debaixo de água, o regresso a casa depois de uma noitada de festa em pleno século XVIII, uma peruca azul num elevador. E por isso absorvo com vontade os espaços de ninguém que coppola me oferece. Como que a transformá-los em espaços meus.

domingo, 13 de março de 2011

Equilibrios

Ontem foi um dia de instaveis equilibrios e dei por mim a pensar que, se para cada coisa má que acontece no mundo acontecer uma boa, talvez a Terra se mantenha no seu lugar.

Engulo o meu luto e deixo a mana à porta da sala de partos.
Saio da maternidade, de ver a mini Mje para ir para um velório.

sábado, 12 de março de 2011

1 ano depois

Um ano são 365 dias (ou 366). Convencionados e não significa mais que isso. E no entanto, os aniversários acabam por ser sempre tempo de paragem. Porque nos remetem para o que celebramos, porque nos trazem à lembrança o que vivemos.

Um ano depois sou alguém mais sofrida e madura. Envelheci no último ano mais que nos dez anteriores. Tenho em mim uma tristeza interior que desconhecia e sou menos crente no ser humano.
Continuo a lidar com os efeitos colaterais, a viver as consequências das decisões, da má formação de outro. (Não percebo como se chega a adulto tão mal resolvido, tão incapaz de olhar e amar para além do seu umbigo)

Um ano depois gostaria de estar onde se calhar só estarei daqui a outro ano. Gostaria que a vida fosse mais leve, gostaria que o futuro fosse mais projectável.

Mas sei que este ano foi conquistado por mim (com forças que nem sei bem de onde vinham) e que estou longe do eu frágil da primavera de 2010. Continuo sem saber como sobrevivi a esses meses e recordo tão pouco deles, como se estivesse anestesiada pela dor.

As reconstruções demoram tempo e tenho a certeza que daqui a um ano serei mais sorridente.

sexta-feira, 11 de março de 2011

chelsea on the rocks


É interessante passear visualmente por lá mas o filme é fraquito.

terça-feira, 8 de março de 2011

winter´s bone

Este não é o cartaz que chegou até nós. Como tantas vezes acontece, prefiro os que são destinados a outros mercados.
O filme é mesmo de inverno, frio na luz, nas relações e naquela América profunda que os filmes raramente retratam. Impressionou-me a lixeira nos alpendres e quintais, em plena floresta. Porque o lixo, e as tralhas cinzentas abandonadas do lado de fora das casas é algo que me é familiar de países realmente pobres. Como certa américa(?).
A história é dura. Corajosa. E muito terna.

quarta-feira, 2 de março de 2011

o azul fica-me bem!

Sou azul e sou mutante
O meu nome é nightcrawler
se achas que eu sou diferente
Olha bem para esta gente:
Invisiveis
Marcianos
Com poderes
Super-humanos
Navegantes
Prateados
Uns seres despenteados
Se este vão salvar o mundo...
... estamos feitos em bocados

séd bat véri