quarta-feira, 27 de julho de 2011

eu e o mundo

Agosto de 2005
Lembro-me de atravessar a correr o aeroporto de Madrid. O atraso do voo de Lisboa quase me fez perder a ligação. Foi a minha primeira grande viagem sozinha. Atravessei o Atlântico sem ninguém ao lado. Aterrei em Buenos Aires, para uma estadia de um mês sem conhecer ninguém naquela Argentina cinzenta e invernosa. Foi uma grande experiência. Foi um óptimo Verão.
Ao longo dos anos fui percebendo que viajar para mim é vital. Ver o mundo, perceber as culturas, as formas de estar e de pensar. Sentir as diferenças. E viajar sozinho não é tão assustador como apregoam os que estão habituados à segurança de um outro ser.

Julho de 2011
Sentei-me de computador ao colo a ver os aviões aterrarem, ao longe. E as pessoas a passarem. E sinto-me estranhamente confortável neste espaço-território-de-ninguém. Parto novamente sozinha. Rumo a África, desta vez. Lá fora o sol começa a baixar e torna a luz neste canto do aeroporto muito Lisboeta.
Última chamada para o voo....

quinta-feira, 21 de julho de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

pequenas mentiras entre amigos

Adoro filmes do quotidiano, adoro filmes de pessoas banais, adoro histórias daquilo que não fica na história. E este foi uma óptima surpresa. Um grupo de amigos de longa data e as relações entre eles, relações de grande amizade, apoio e aceitação mas também de pequenas/grandes mentiras, de vidas de aparência. Saí do cinema lavada em lágrimas a pensar na autenticidade das amizades e no que o passar do tempo as pode (ou não) desgastar.

Pelos amigos fazemos tudo. Estamos lá incondicionalmente. Apoiamos mesmo quando não concordamos. E ao mesmo tempo vivemos de uma espécie de imagem comparativa: quem tem a maior casa, o melhor carro, o casamento mais estável, quem viaja para os locais mais exóticos. Até os filhos são motivo de silenciosas comparações: o número, a personalidade, a educação... quais seres amestrados nas mãos dos adultos! 
Porquê as pequenas mentiras?

sábado, 16 de julho de 2011

Super Bock Super Rock

Um festival não é o somatório dos concertos. Um festival dá direito a fita vermelha a marcar presença no braço, horas no carro para chegar ao recinto, filas para comer, beber e ir à casa de banho e pó, muito muito pó! Num festival o corpo fica dorido das horas passadas em pé, às cavalitas, a dançar, a mochar.
Neste festival (com uma organização que deixa muito a desejar) a boa disposição entranhava, juntamente com o pó. Andei feliz da vida durante três dias de praia e três noites de música. Viva a adolescência sem idade!






quinta-feira, 14 de julho de 2011

carancho

Uma decepção, talvez por levar expectativas demasiado altas. consola-me sempre ouvir os ches da argentina, ver os olhos de ricardo darin e reparar nos detalhes das zonas não turísticas de Buenos Aires: estradas e passeios de cimento, carros a cair de velhos.

terça-feira, 12 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

na vereda de Ítaca

Trabalho final das disciplinas de Corpo, Teatro e Processos Criativos + Espectáculo.
Centro Cultural da Malaposta | Sábado, 9 Julho | 21:30.
Reservem!

domingo, 3 de julho de 2011

mais voos

Número montado uma hora antes de entrada em cena.
Grande branca na primeira actuação e uma imensa descontracção nesta segunda.
Gosto mesmo muito do trabalho em dupla, do confortável que é trabalhar com alguém que nos agarra na altura certa, em equilibrios e forças partilhadas. E o corpo fica tão menos mutilado quando amortece no corpo de outra pessoa.
Obrigada D.



a música não corresponde à da actuação

voos a dois