terça-feira, 18 de outubro de 2005

O filme Azul




As expectativas que arrastei comigo para a sala de cinema eram perigosamente altas. Pelo "procura-se" simples e directo do cartaz, espalhado por Lisboa; pela beleza do site; pelo que tinha lido e, principalmente, pela apresentação cujo azul enche e preenche o olho humano.
E o azul é, a meu ver, o melhor dos retratos da angústia que o filme consegue fazer, da angústia e da solidão de um pai em deambulações por uma cidade fria, chuvosa, crua.
O azul e o silêncio que chega a pesar ao longo do filme. Esse sim, verdadeiramente angustiante e solitário.
E de resto, as lindíssimas imagens de uma outra Lisboa urbana e as fortes representações de dois excelentes actores não são suficientes para encher os demasiado minutos do filme.
Faltam causas e consequências na beleza desfocada de Alice.
Falta o que está para além da poesia.

1 comentário:

MPR disse...

E logo para ti a cor azul...
Acerca do filme, não conseguiria dizer melhor, isto é, tentei mas não consegui... Na mouche poética da critica.