quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

O Natal é o tempo da família

Mais do que em qualquer outro ano, reservei este tempo para estar com a minha família. Porque Natal é, dizem uns e outros, tempo de família e porque na realidade sempre o senti assim, uma festa muito caseira, com sabor de proximidade pelos laços de sangue.
Natal foi também tempo de pensar na família. Porque cada vez me convenço mais de que não é o sangue que nos torna familiares e que há laços incomparavelmente mais fortes do que estes.
Este Natal foi tempo de tornar família quem eu quis. E de celebrar as relações humanas!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

não consigo deixar de pensar...

Não consigo deixar de pensar no rapaz que hoje ficou sem o casaco. (provavelmente tb sem o telemovel e o relógio).
Eles eram três e eu só uma. E segui o meu caminho como se não estivesse a assistir a um assalto.
Eles eram grandes e eu não sou. Nem forte nem sei agredir fisicamente. E passei por eles e segui. O meu caminho.
Era de noite e a rua estava deserta. E escura. E eu continuei a andar com o meu passo tranquilo de quem não se sente ameaçada (porque a verdade é que não senti medo sequer).
Passei por eles, percebi que o estavam a assaltar e não fui capaz de parar. E tudo o que possa dizer para me justificar não me vai suavizar a culpa ou fazer deixar de pensar no rapaz com que me cruzei e que, esta noite, ficou sem o casaco, sem o telemovel e o relógio (se é que trazia relógio).
Se ao menos tivesse parado… sujeitava-me a ficar também eu sem telemovel, relógio e dinheiro. Sugeitava-me a ficar com o nariz partido ou um olho negro (porque além de serem três eu sou incapaz de bater em alguém)
Não percebo porque é que passaram alegremente por mim e o foram assaltar a ele. Não percebo porque é que não fui capaz de parar e tentar conversar.
Se ao menos tivesse parado…. (chamar-me-iam inconsciênte mas estaria de consciência tranquila)

De que vale ter muitos muitos ideais se nas alturas críticas jogamos sempre pelo seguro.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

a música de sempre noutro sítio do costume

A música é qualquer coisa transversal à nossa vida.

O local é outro
A assistência também.
Passaram os meses, mudaram as paixões
Mas uma noite passada a ouvi-los sabe igualmente bem!

Quintas a partir da meia noite, no Xafarix.