segunda-feira, 7 de junho de 2004

directamente das paredes da caneca

Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido
Olho e contenta-me ver, Pequeno, negro e claro, um paquete entrando. Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira. Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo. Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio, Aqui, acolá, acorda a vida marítima, Erguem-se velas, avançam rebocadores, Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.

[Ode Marítima, FP]

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