segunda-feira, 21 de abril de 2014

solo

A imensa nitidez que fica no ar depois da chuva. levanto os olhos do livro. as mãos começam a acusar o frio de estar sentada na esplanada. o céu abriu e está cinza claro. não percebo se chuvisca ou não. vejo as biclas estacionadas à minha frente, os prédios tortos e o canal, ao fundo. lembro-me que alguém dizia que danço solos, pela vida. olho à volta a esplanada. os outros estão em grupo ou emparelhados. é verdade que me são confortáveis estes momentos sozinha, num lugar familiar entre estrangeiros. tenho as mãos geladas. e chove, realmente. vou pedir a conta, pegar na bicicleta e seguir...

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