quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

acto heróico

Podia falar daquela vez em que salvámos a vida de um bebé ajudando os pais e a policia numa perigosa travessia da ponte Erasmus, em Roterdão. Era um dia frio de Inverno e o vento tornou-se mais violento que a força humana.
Podia contar as historias de todas umas férias passadas em missão do outro lado do mundo, a viver sem água ou luz eléctrica, entranhando em mim o ser timorense. Ou do mês num subúrbio de Buenos Aires, ao serviço de outros.
E no entanto nada disso implicou o esforço, a disciplina e a determinação do meu levantar, o ano passado. Sim, tenho a certeza que o colocar os pés no chão e enfrentar o dia, enfrentar a minha vida foi o maior acto heróico que alguma vez fiz. Levantar-me foi transpor os meus limites, transcender-me e seguir vivendo.

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