uma hora de fila, à chuva, para revisitar um velho amigo.
sábado, 26 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
solo
A imensa nitidez que fica no ar depois da chuva. levanto os olhos do livro. as mãos começam a acusar o frio de estar sentada na esplanada. o céu abriu e está cinza claro. não percebo se chuvisca ou não. vejo as biclas estacionadas à minha frente, os prédios tortos e o canal, ao fundo. lembro-me que alguém dizia que danço solos, pela vida. olho à volta a esplanada. os outros estão em grupo ou emparelhados. é verdade que me são confortáveis estes momentos sozinha, num lugar familiar entre estrangeiros. tenho as mãos geladas. e chove, realmente. vou pedir a conta, pegar na bicicleta e seguir...
sábado, 19 de abril de 2014
quinta-feira, 17 de abril de 2014
o meu museu
FOAM continua a ser o meu museu, em Amesterdão. O espaço que visito sempre, as paredes que conheço de cor e a que reajo quando as mudam de cor, de lugar,... Desta vez tive a sorte de encontrar três exposições fortes e muito interessantes.
The Enclave, de Richard Moss
Uma impressionante exposição de fotografias de grandes dimensões de paisagens oníricas (o fotografo utiliza câmaras de guerra, com uma sensibilidade ao verde da natureza, adulterando-o para um rosa-magenta irreal na paisagem). Depois de uma sucessão de grandes paisagens entramos numa sala com seis painéis onde está a ser projectado o trabalho video do artista: a sua incursão pelo Congo, natureza, militares, rebeldes e campos de refugiados. Tudo captado com a lente magenta, criando um ambiente tão belo quanto dramático. A colocação dos própios painéis onde são projectados os vídeos obriga o espectador a entrar na sala, a encontrar um espaço para observar que vai variando à medida que o video avança. As sombras do espectador aparecem frequentemente nas telas juntamente com as imagens dos rebeldes, dos militares, das crianças famintas, dos mortos, das montanhas,.... Nesta exposição somos mais que espectadores e a beleza das imagens (a estética cor de rosa e depurada) contrasta com a brutalidade da realidade. Aqui estamos, inevitavelmente dentro da realidade crua da desgraça do Congo.
Ading, ading, ading, de Taiyo Onorato e Nico Krebs
Jogo de espaços arquitetónicos e espaços construidos como soma ao que não está lá
The citadel, de kavel Golestan
Uma colecção de fotografias tiradas nos últimos dois anos de vida da citadel, bairro de Teerão maioritariamente destinado à prostituição.
The Enclave, de Richard Moss
Uma impressionante exposição de fotografias de grandes dimensões de paisagens oníricas (o fotografo utiliza câmaras de guerra, com uma sensibilidade ao verde da natureza, adulterando-o para um rosa-magenta irreal na paisagem). Depois de uma sucessão de grandes paisagens entramos numa sala com seis painéis onde está a ser projectado o trabalho video do artista: a sua incursão pelo Congo, natureza, militares, rebeldes e campos de refugiados. Tudo captado com a lente magenta, criando um ambiente tão belo quanto dramático. A colocação dos própios painéis onde são projectados os vídeos obriga o espectador a entrar na sala, a encontrar um espaço para observar que vai variando à medida que o video avança. As sombras do espectador aparecem frequentemente nas telas juntamente com as imagens dos rebeldes, dos militares, das crianças famintas, dos mortos, das montanhas,.... Nesta exposição somos mais que espectadores e a beleza das imagens (a estética cor de rosa e depurada) contrasta com a brutalidade da realidade. Aqui estamos, inevitavelmente dentro da realidade crua da desgraça do Congo.
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Ading, ading, ading, de Taiyo Onorato e Nico Krebs
Jogo de espaços arquitetónicos e espaços construidos como soma ao que não está lá
The citadel, de kavel Golestan
Uma colecção de fotografias tiradas nos últimos dois anos de vida da citadel, bairro de Teerão maioritariamente destinado à prostituição.
terça-feira, 15 de abril de 2014
shortcutz Amsterdam
uma noite de cinema diferente. curtas. com direito a apresentações, comentários dos realizadores e entrevista a Monic hendrickx
Um grande projecto de dois portugueses em Amesterdão.
Todas as terças, às 20h, no De Kring. É aparecer!
https://www.facebook.com/ShortcutzAmsterdam?fref=ts
Um grande projecto de dois portugueses em Amesterdão.
Todas as terças, às 20h, no De Kring. É aparecer!
https://www.facebook.com/ShortcutzAmsterdam?fref=ts
segunda-feira, 14 de abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
fuga
parto em fuga por três semanas.
Londres, Montemor, Amesterdão, Paris.
Obrigada a quem nos últimos tempos me deu colo, gin, praia, jantares, passeios por Lisboa com vista para o rio, espetáculos e conversas.
E que a ressurreição da páscoa, a liberdade do 25abril ou a luta do 1maio possam vingar em mim!
Londres, Montemor, Amesterdão, Paris.
Obrigada a quem nos últimos tempos me deu colo, gin, praia, jantares, passeios por Lisboa com vista para o rio, espetáculos e conversas.
E que a ressurreição da páscoa, a liberdade do 25abril ou a luta do 1maio possam vingar em mim!
sábado, 5 de abril de 2014
quarta-feira, 2 de abril de 2014
quartett
Uma ópera com assinatura Fura dels Baus é insolito.
Quartett, de Luca Francesconi, a partir do texto de Heiner Muller e com direção artistica de Àlex Ollé revelou-se num insolito espectacular.
A caixa cénica é de tal forma forte que me deixou presa e a vibrar com o espetáculo. Os jogos perspeticos, as proporções entre os cantores e o espaço, a suspensão de tudo, as magnificas projecções em articulação com a encenação.... um espetaculo que se revelou mágico pela articulção visual/espacial conseguida.
Quartett, de Luca Francesconi, a partir do texto de Heiner Muller e com direção artistica de Àlex Ollé revelou-se num insolito espectacular.
A caixa cénica é de tal forma forte que me deixou presa e a vibrar com o espetáculo. Os jogos perspeticos, as proporções entre os cantores e o espaço, a suspensão de tudo, as magnificas projecções em articulação com a encenação.... um espetaculo que se revelou mágico pela articulção visual/espacial conseguida.
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