sexta-feira, 28 de março de 2014

sem um tu não pode haver um eu

"Talvez os meus sonhos fossem um pouco belos demais e como castigo a vida castiga-nos quando menos esperamos. Quando atinges o teu orgasmo, o teu nariz está tão metido na merda que quase sufocas." Bergman

Um solo é sempre um exercício de exposição grande. Um solo biográfico coloca-nos, enquanto espectadores, numa posição de voyeurismo  que nem sempre é confortável. Mesmo quando nos sentamos voluntariamente na cadeira para assistir a algo que intencionalmente se passa no palco, para nós.
Sem um tu não pode haver um eu é um solo de e com Paulo Ribeiro, a partir do universo de Bergman mas sobre uma resolução do próprio. Sem tu não pode haver um eu é um solo sobre a separação, é uma lavagem pública de alma, muito honesta, muito forte, muito estética. É a resolução muito masculina (e bonita) de uma extenuante separação.



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