É trapézio, só trapézio.... pensava eu enquanto olhava fascinada para aquela gente que se baloiçava lá bem em cima. Tudo naquele espectáculo me agradou. A forma como o colocar do magnésio nas mãos era assumido, espalhando pela tenda uma névoa de pó branco, a rede onde caiam quando as mãos falhavam ou quando se deixavam intencionalmente cair, os músicos aconchegados numa pequena estrutura a muitos metros do chão, a luz que nos enganava e só nos deixava ver o que tinha de ser visto e claro, os trapezistas que pareciam aranhas a trepar pela estrutura de metal, pardais a andar saltitantes lá por cima e que deslizavam deslumbrantes do seu poiso para as mãos de outrem, do outro lado do ar. Ainda estou fascinada com aqueles corpos, com a forma como invertiam a direcção do seu voo em pleno ar; com a suavidade com que aterravam nas mãos de outrem, numa base metálica ou na rede protectora. E sempre que vejo um espectáculo assim, renasce em mim a vontade de trapezar.
OLA KALA
Les Arts Sauts
6 a 26 de Agosto
21h00 | Espaço Circo
CCB
3 comentários:
e quem a viu de olhitos brilhantes a saltitar de contente e a querer pendurar-se nos artistas no fim da performance...
reconheço os sintomas: sim senhora, temos "bailarina dos telhados".
quando é que te deixas levantar vôo de uma vez, é a pergunta que te deixo com um empurrão valente no "baloiço" :P
como por ora vais voar para outras paragens... BOAS FÉRIAS!
...menina trapezista dos andaimes...
Enviar um comentário