O meu corredor tem uma curva onde viramos e aparece a outra metade da casa. Não é linear e isso tem graça. Como se a casa continuasse mesmo depois de chegar ao fim.
Da janela do escritório vê-se o pátio que pega com a sala que fica na outra ponta. É uma casa curvada sobre ela, encolhida.
Os quartos da minha casa são grandes e vazios e a sala pequena e cheia. As casa modernas são diferentes e mais funcionais mas eu gosto da minha assim, cheia de espaços sem nada e de recantos de coisas.
O candeeiro da minha rua reflecte a luz com a forma da janela na parede do meu quarto. A parede nua fica desenhada de luz amarela.
O meu pátio tem uma árvore, batatas, ervas culinárias e alfazema. Estou a dar-me cada vez melhor com a espécie vegetal. Gosto do verde e de regar as plantas e molhar os pés com a mangueira.
A minha casa de um lado é alta e do outro baixinha, como que escondida no fundo da confusão da cidade.
Ao fim da tarde, a luz consegue entrar na sala, reflectida na janela cor de laranja. E a sala fica com reflexos quentes. É a minha hora preferida para habitar este espaço.
1 comentário:
Eu adoro a tua casa!
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