quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005
mais perto do céu
Eu sempre gostei de alturas, de sentir o vento forte na cara no topo de qualquer imensidão. De sentir que estou com os pés assentes na terra (que conheço a realidade em que vivo) e que tenho o céu ao alcance das mãos!
Eu sempre gostei de branco. É uma cor fascinante porque tanto é a soma de todas as outras como a não existência de cor. É uma aproximação simbolica da perfeição, tanto é a imensidão do todo como a ausência de nada.
Eu sempre gostei de testar os meus limites físicos. Gosto de forçar o corpo, de o tornar mais elástico, de testar o medo, de me aproximar da adrenalina.
Era impossivel não gostar de esquiar. Mas a verdade é que não estava à espera de gostar tanto. E de me sentir em casa tão rapidamente. Gostei de estar constantemente na fronteira entre o que posso controlar (a minha força, o meu equilíbrio) e o que é mais forte que eu (as forças e os equilibrios da natureza). E perceber que o prazer de descer uma montanha com um metro de pés está no constante jogo de forças entre o eu e o mundo branco, entre o medo e o domíneo. Ou está simplesmente em disfrutar de estar tão perto de céu e, ao mesmo tempo, tão agarrada à terra! Porque às vezes é dificil explicar as sensações que se aproximam a grande velocidade da imensidão.
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