no meio de uma semana que se revelou demasiado intensa, não tive tempo de aqui prestar a minha homenagem àquela que considero a grande senhora da poesia portuguesa. Pode parecer tendencioso (ou oportunista) mas a verdade é que foi a prosa de Sophia de Mello Breyner que me mostrou que o mundo pode ser descrito da forma mais simples e luminosa possivel. Foi com ela que aprendi o poder que tem um (dois ou frequentemente três) adjectivos. Foi por ela que percebi que as palavras também dançam, também voam. Foi ainda esta senhora que me ensinou que isto de literatura para crianças é algo muito pouco infantil. E ao chegar à poesia fico sem palavras.
No poema ficou o fogo mais secreto
O intenso fogo devorador das coisas
que esteve sempre muito longe e muito perto [Sophia]
Fiquei triste quando soube da sua morte. Consola-me o saber que há pessoas que são eternas!
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