sexta-feira, 29 de junho de 2012

identidades


Somos o que somos. Com tudo aquilo que nos constitui. A nossa herança genética, a forma como fomos educados, o local onde crescemos, as opções que fizemos na vida.
Quem somos?
Um nome? Um número de identificação? Uma profissão? Uma personalidade? Um conjunto de crenças e ideiais?
Somos um corpo visível com uma imensa herança cultural.
Vimos de diferentes países e distintas realidades quotidianas. Estudamos e trabalhamos durante o dia. Temos “as nossas vidas”.
Chegamos ao final da tarde, a este espaço de treino, de criação que para nós é o Chapitô, carregando a bagagem que do que temos e somos. E arriscamos partilhar-lha, entre voos de malabares e figuras aéreas.

Este é um espetáculo sobre identidade. Sobre as nossas identidades. Sobre o que trazemos na nossa mala e estamos dispostos a mostrar. Porque acreditamos que a partilha da diversidade de cada um nos torna pessoas maiores.

E tu, quem és?
O que trazes na tua mala?



O primeiro espetáculo em que orientei o processo criativo e alinhavei os números individuais que vi nascer ao longo das aulas.
Estava mais nervosa ao ver os meus alunos em "palco" do que quando sou eu nas alturas.
O resultado foi muito, muito bom. Não por termos conseguido um grande número de entretenimento de massas, mas porque mostrámos o que realmente somos, com incríveis piruetas aéreas e fragilidades humanas à mistura.
Orientar, encenar e coreografar... para o ano há mais!

sábado, 23 de junho de 2012

metamorfose


"Num processo criativo normal o trabalho coreográfico e de corpo antecede a cenografia, a luz e o vídeo. Os cenários, mesmo tendo mudanças cénicas, são estáticos. Para este projeto quisemos inverter o processo criativo: desenvolver uma cenografia que se movimenta, torce, muda de forma, e convidar um grupo de bailarinos para criar uma coreografia, dançando com a cenografia. Foi lançado o desafio à Escola Superior de Dança que, de imediato, aceitou a ideia integrando o projeto no seu currículo da Licenciatura em Dança e envolvendo alguns dos seus alunos finalistas como criadores/intérpretes.
A cenografia, o desenho de luz e o vídeo são o culminar de um processo de criação coletiva dos participantes do workshop interdisciplinar “Cenografias móveis” que, ao longo de dois meses, trabalharam na Culturgest.
A seguir ao espetáculo o público será convidado a subir ao palco e as diversas mutações de cenário serão repetidas e explicadas, podendo os espectadores interagir com os artistas e manobrar os cenários." [folha de sala, Culturgest]

A cenografia é fabulosa. Gostava tanto de ter participado neste workshop. Valeu-me a subida ao palco, para espreitar e ver funcionar estes grandes objectos dançantes feitos de papel, cartão, plástico, ar e luz.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

patty diphusa

Peça leve e bem disposta, com uma encenação interessante, que nunca iria ver se não aterrasse, ao acaso e ao engano, em pleno Vilaret. Mas valeu a pena.


terça-feira, 19 de junho de 2012

in.finito

o espectáculo dos alunos do 2ºano do Chapitô.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

sexta-feira, 8 de junho de 2012

clown no seu melhor


"Por obra do acaso, ou não, dois desconhecidos encontram-se numa rua de um qualquer lugar, onde o tempo não importa. Um arrasta o quotidiano, o outro arrasta-se por um sonho.
Não se sabe há quanto tempo estão ali, naquele banco de jardim, nem por quanto mais tempo ali ficarão. Mas do seu encontro abre-se uma nova possibilidade no caminho da felicidade.
Envolto em poesia, simplicidade e momentos de completa absurdez, estes dois palhaços jogam, riem e fazem do público cúmplice na busca do seu sonho.
Com um olhar inocente ante os problemas, Daníssimo e Susanation, surpreendem o público com as suas peripécias improváveis, procurando por todos os meios que o outro continue a acreditar no sonho que os une.

Um espetáculo de clown da Compañía Mundo Sutil, com Daniel Olmos e Susana Cecílio."


quinta-feira, 7 de junho de 2012

que desilusão chata...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

mostra muito mais que técnica

O termo mostra técnica enganou-me. pensei que ia ver os miúdos do 1ºano a mostrarem o que tecnicamente sabem fazer. Sentei-me e assisti a quase duas horas de um espetáculo com uma energia brutal e uma teatralidade, uma expressão que vão muito para além do que é meramente técnico. Fiquei realmente boquiaberta com alguns dos números.
Os meninos do Chapitô estão de parabéns! Os performers e os artistas visuais.


sábado, 2 de junho de 2012

Alkantara II

Andava curiosa para ver o trabalho desta tão badalada dupla.
Gostei mesmo muito. Dos movimentos repetidos, preciso e orgânicos sem serem redondos.
Da simplicidade conseguida pelo imenso trabalho.
Das vozes cantadas e coreografadas.



Fora de qualquer presente
“É preciso partir. Ir para fora e encontrar na exterioridade – matéria. Para um fora que não é geográfico nem se concilia com a clássica narrativa da viagem ou com um êxodo face à aparente falência do presente. O movimento dá-se noutro sentido. Trata-se de provocar um distanciamento que nos devolva um olhar. E que permita ao mesmo tempo recolher partes assimétricas, fragmentos supostamente inconciliáveis e forçá-los ao encaixe uns nos outros, de forma a produzir morfologias insólitas, convocar improbabilidades, tendo em conta uma urgente necessidade de multiplicidade.”