terça-feira, 20 de julho de 2010

30 dias de diferença

30 dias sem anti-olheiras nem creme anti-rugas, amaciador ou secador de cabelo
30 dias sem sapatos de salto, saias ou brincos
30 dias sem o bebe mac, o mail, o facebook ou o blog
30 dias sem cinema, CCB ou Lisboa
30 dias com poucas horas de electricidade por dia, sem saber se há água quente
30 dias a comer arroz e batata (e a rezar para que haja café!)

uma verão sem praia e sem descanso
um verão ao serviço de um bem maior
(há que saber perder para ganhar)

_Estás preparada? _perguntam-me
_Entusiasmada?

Parto para o outro lado do mundo. Ninguém está preparado para tamanha diferença. Cultural, económica, comunicacional. Mas é exactamente a diferença que me entusiasma.
Volto daqui a 30 dias!
Até já

sábado, 17 de julho de 2010

uma lista sem fim para 20kg de bagagem

saco cama
lanterna sem pilhas
adaptador de corrente
máquina fotográfica
rede mosquiteira
repelente
recipiente para água
óculos de sol
caderno e caneta
chinelos
biquini
sabão azul e branco
ténis
protector solar
impermeável
passaporte
fotografias para o visto
dólares
luvas de trabalho
rolo de pintura
óculos de sol
roupa
bolsa higiene
farmácia
betadines e compressas para deixar lá
...
Para evitar as saudades que sei que vou ter do cinema, tenho passado algum tempo no escuro.




segunda-feira, 12 de julho de 2010

fase3

a solidão

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O meu local






sobrevivente

Hoje, ao passar pela sala de professores alguém comentou que era bom voltar a ver-me sorrir. Efectivamente é algo que já consigo fazer em inúmeras situações. Já consigo sorrir na escola, já consigo sorrir quando estou com amigos ou em casa com a familia. Parei para pensar e é verdade que já percorri um longo caminho nos últimos meses. Venci a batalha contra a depressão, venci os ataques de ansiedade e já consigo sorrir.
-És uma sobrevivente – disse-me quem me viu sorrir. E disse-o, fazendo-me um elogio. E eu aceitei-o como tal.
A verdade é que não quero ser uma sobrevivente. E pensando bem duvido que alguém o queira ser. Ser sobrevivente é passar as noites sozinha, agarrada às séries da FOX. Ser sobrevivente é chegar a casa depois de dias de demasiado trabalho e pouca compreensão e não ter quem nos oiça refilar com a vida. Ser sobrevivente é só conseguir sorrir às vezes.